terça-feira, 9 de março de 2010

Literatura pelo mundo

Literatura Portuguesa - Parte VII

A princípios do século XX surgiu o grupo da "Renascença Portuguesa", em torno da revista "A Águia", e ao redor do qual se integrava o movimento conhecido como Saudosismo, nostálgico e subjetivo, e cujo máximo representante era o poeta Teixeira de Pascoaes. No entanto, o grande poeta de começos do século é Fernando Pessoa, que não atingiu um grande sucesso em vida, mas que depois de sua morte tem passado a ser considerado a par de Camões como o melhor poeta português de todos os tempos. Sua obra poética baseia-se na invenção de diferentes vozes poéticas ou heterônimos (Álvaro de Campos, Alberto Caeiro, Ricardo Reis ou Bernardo Soares, entre outros), a cada um deles com uma personalidade e um estilo poético próprios. Outro poeta desta época, que compartilhou páginas com Pessoa na revista modernista "Orpheu" foi Mário de Sá-Carneiro, poeta que se suicidou em Paris em 1916. Também José Régio sobressaiu como poeta e dramaturgo.

Em meados do século, surgem duas tendências opostas na literatura portuguesa: um deles em torno da revista Presença, mais próxima ao vanguardismo, e o outro, próximo do neorrealismo, em torno da coleção Novo Cancioneiro, com figuras como Álvaro Feijó, João José Cochofel, Carlos Oliveira ou Manuel da Fonseca. Também nesta época existia o grupo surrealista de Lisboa, cujas figuras principais eram Antonio Pedro, Mario Cesariny de Vasconcelos e Alexandre O'Neill.

No caso do teatro, e também em meados do século XX cabe destacar as figuras de Júlio Dantas, Raul Brandão e José Régio. O contexto político da ditadura fomentou posteriormente uma nova literatura "de intervenção", que se popularizou graças a nomes como Bernardo Santareno, Luís Francisco Rebello, José Cardoso Pires ou Luís de Sttau Monteiro.

A princípios dos anos 70, em plena ditadura, publicaram-se uma série de obras em prosa e em verso de Maria Isabel Barreno, Maria Teresa Horta e Maria Velho da Costa que publicaram uma grande polémica, devido a seu conteúdo erótico e feminista; sua publicação foi proibida, e só puderam reimprimir-se depois da queda da ditadura. Outra poetisa destacada desta mesma época foi Sophia de Mello Breyner Andresen, autora de uma ampla obra poética.

Nos últimos anos do século XX, e a começos do XXI, a literatura portuguesa em prosa tem demonstrado uma grande vitalidade, graças a escritores como Antonio Lobo Antunes e sobretudo o Prêmio Nobel de Literatura José Saramago, autor de novelas como "Ensaio sobre a Cegueira", "O Evangelho segundo Jesus Cristo" ou "A caverna".

Poesia

Na poesia, Luís de Camões e Fernando Pessoa são considerados como estando entre os maiores poetas portugueses de todos os tempos, aos quais se pode acrescentar Eugênio de Andrade, Florbela Espanca, Cesário Verde, Mário de Sá Carneiro, Sophia de Mello Breyner, ANtonio Ramos Rosa, Mário Cesariny, Antero de Quental, Herberto Helder, Antonio Aleixo entre outros.

Prosa

Na prosa, Damião de Góis, Padre Antonio Vieira, Almeida Garrett, Alexandre Herculano, Camilo Castelo Branco, Eça de Queiróz, Miguel Torga, Fernando Namora, José Cardoso Pires, Teolinda Gersão, Antonio Lobo Antunes e José Saramago são nomes de grande relevo.

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