quinta-feira, 11 de março de 2010

Literatura pelo mundo

Literatura italiana - Parte II

O Renascimento

Os ideais do humanismo culminaram no Renascimento. O Renascimento italiano foi um período glorioso para as artes que deu exemplo ao resto da Europa graças às obras de Masaccio, Piero della Francesca, da Vinci, Michelangelo, Raphael, Donatello, Botticelli, Brunelleschi, Bramante, etc. Foi o ponto de partida para a civilização moderna. Este período se caracteriza pela idéia do homem como centro do universo, como protagonista e criador de seu destino, pelos ideais de graça, beleza, harmonia, pela glorificação da liberdade individual e a síntese entre o homem e a natureza.

O Renascimento italiano se divide em duas partes: o renascimento recente, desde a volta dos pais de Avignon (1377) até a invasão de Carlos VIII (1494), Quatrocentos; e o renascimento tardio, desde a derrota dos franceses de Fornovo (1495) até a delegação do ducado de Ferrara a Santa Sede, Cinquecentos.

A Decadência

O Renascimento havia esgotado o gênio criativo dos italianos e a nação estava destroçada pelo Tratado de Cateau-Cambrésis (1559). A finais do século XVI a decadência começou a aflorar e durou todo o século XVII (Seicento) e a primeira metade do século XVIII (Settecento), esta foi a pior época na história da literatura italiana.

O escritor mais conhecido da época foi Galileo Galilei (1564-1642), ainda que era científico, suas obras foram reconhecidas por seu elevado nível literário. Francesco Redi (1626-1698) era um distinguido físico também conhecido por ser filólogo e poeta. Os principais escritores do século foram três jesuítas que combinaram a devoção e o estudo com o estilo literário. Seu estilo foi menos livre que o de Galileo que nunca foi superado por nenhum de seus contemporâneos. O Padre Sforza Pallavicino (1607-1667) escreveu a história oficial do Concilio de Trento, refuntando a de Fra Paolo Sarpi (1552-1623), e tratados éticos e religiosos do que hoje em dia ainda se leem "Arte della Perfezione Cristiana" e os quatro livros "do Bene", diálogos filosóficos que se mantiveram na vila do Cardinal Alessandro Orsini em Bracciano. O Padre Daniello Bartoli (1608-85) foi um escritor prolífico e brilhante, escreveu a história da sociedade de Jesus em um estilo tipicamente do seicento. O Padre Paolo Segneri (1624-94) reformou a arte da oratória religiosa e a liberou da corrupção da época.

Literatura moderna

Alguns dos escritores da literatura moderna que merecem menção são os seguintes: Italo Calvino, cujos contos filosóficos têm uma forma original ("Nostri antenati"); Carlo Emilio Gadda que utiliza uma linguagem antitradicional para refletir a sociedade contemporânea; Dino Buzzati ("Il deserto dei Tartari") e Elsa Morante ("La storia") que estuda a psicologia do homem. A novela de suspense italiana mais conhecida internacionalmente é "Em nome da rosa", de Umberto Eco.

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