sexta-feira, 23 de abril de 2010

Literatura pelo mundo

Literatura dinamarquesa

Os primeiros textos da literatura dinamarquesa estão conservados de forma incompleta: inscrições rúnicas e antigas canções heróicas produzidas, por volta do ano 1200, pelo historiador Saxo Grammaticus.

Durante o século XII, começaram a ser escritos em dinamarquês livros de leis e rudimentares tratados de medicina. Entre as obras pertencentes à baixa Idade Média destacam-se Os Provérbios de Peder Laakle; o Lucidarius, um predecessor da enciclopédia, e a Crônica do Rin (1495), uma historia em verso sobre Dinamarca. As peças literárias mais importantes deste período foram as canções e baladas populares.

Em 1550 foi publicada a primeira Bíblia em dinamarquês e o bispo Peder Palladius retratou a vida cotidiana dinamarquesa do século XVI. Os primeiros hinos escritos se devem a Hans Sthen e as primeiras obras teatrais, a Hieronymus Ranch.

Durante o século XVII, o poeta Anders Arrebo compôs seu Hexaemeron (1661) e o bispo Thomas Kingo numerosos hinos que chegaram até nossos dias. A obra em prosa que merece maior destaque é, possivelmente, as memórias de Leonora Christina, filha do rei Cristiano IV.

Ludvig Holberg introduziu o Iluminismo e entre seus contemporâneos Ambrosius Stub escreveu singelos poemas. Mais importante foi o poeta e dramaturgo Johannes Ewald, além de Johan e Jens Baggesen.

O romantismo surge com Adam Gottlob Oehlenschläger, B. S. Ingemann, Johann Hauch e Steen Blicher, entre outros. O romancista Meir Aaron Goldschmidt combinou elementos românticos e realistas. Nesse período surgiram também duas figuras de relevo internacional: Hans Christian Andersen, famoso por seus contos infantis, e o filósofo Sören Kierkegaard.

Na segunda metade do século XIX, aparecem o realismo e o naturalismo e a influência de Georg Brandes se faz notar em Jens Jacobsen. Entre os simbolistas encontram-se o poeta Holger Drachmann e os romancistas Henrik Pontoppidan, Hermann Bang e Gustav Wied.

A Revitalização da poesia lírica na década de 1890 teve como protagonistas Viggo Stuckenberg, Ludvig Holstein, Sophus Claussen, Johannes Jørgensen e Helge Rode.

No início do século XX manifestou-se o nacionalismo e o realismo social na obra do poeta Valdemar Rørdam e os romances de Jeppe Aakjaer, Martin Nexø e do ganhador do Prêmio Nobel de Literatura de 1944, Johannes Jensen.

O expressionismo influenciou poetas como Emil Bønnelyke, Tom Kristensen, Paul la Cour e Jens August Schade. Os mais destacados prosistas da época do entre-guerras foram Martin Hansen e H. C. Branner. A partir da obra de Karen Blixen, autora de fama universal, a literatura dinamarquesa incorporou temas mitológicos e simbólicos.

Os escritores ligados à revista Herética (1948-1953) cultivaram o existencialismo, e os poetas Thorkild Bjiørnvig, Ole Sarvig e Ole Wivel preocuparam-se com a situação do indivíduo no mundo moderno, do mesmo modo que os romancistas Villy Sørensen e Klaus Rifbjerg. O teatro dinamarquês contemporâneo aparece representado pelas obras de Kaj Munk e Kjeld Abell.

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