1. Quem é Márson Alquati?
Um cara comum, que trabalha como Técnico do Tesouro do RS e nas horas de folga adora ler e se divertir escrevendo histórias de literatura fantástica.
2. A ideia de se tornar um autor surgiu de onde? Quais as suas influências?
Eu diria que surgiu aos poucos, como numa construção em que se assenta um tijolo de cada vez. Desde que me conheço por gente e aprendi a ler, sou um amante das palavras e leio tudo o que vejo pela frente: jornais, revistas, quadrinhos, livros e até mesmo placas de propaganda (risos). Por isso, tenho o costume de dizer que não existe um bom autor que não seja antes um bom leitor. Mas voltando à pergunta, nunca achei que um dia conseguiria escrever algo, até que passei em um concurso público e fui lotado a 300 km de onde morava na época, sendo obrigado a encarar seis horas de viagem em um ônibus caindo os pedaços toda a semana para ir e mais seis para voltar. E foi para passar o tempo durante essas penosas viagens, que comecei a rabiscar algumas idéias numa agenda. As idéias foram fluindo e acabaram se transformando no esqueleto dos livros da Trilogia Ethernyt. Então, posso dizer que o acaso foi quem descobriu a minha veia de escritor... Já a inspiração, veio de tudo o que já li ou assisti, pois além dos livros também adoro cinema. Procurei captar todos os elementos que mais gostei nos livros e filmes e inseri-los na trama da minha história, tendo o cuidado, contudo, de excluir o que não me agradava. Mas sempre o fiz, buscando, acima de tudo, a originalidade e a quebra de paradigmas. E cuidando para não incorrer em plágio ou nos clichês comuns do gênero.
3. Sua trilogia intitula-se Ethernyt. Alguma razão especial para a escolha desse nome?
Desde o começo eu queria um título para série que fosse diferente, inédito e ao ser traduzido para qualquer idioma não se alterasse. Algo como Nárnia, que em qualquer língua do planeta continua sendo Nárnia, mas que a sua simples menção lembrasse “eternidade”. E assim surgiu “ETHERNYT”, uma palavra que não existe em nenhum dicionário da Terra, mas que eu sonho, no futuro, seja incluída no dicionário dos grandes bestsellers da literatura mundial.
4. Seus livros mesclam aventura com eventos da História e descrição de obras, monumentos e pessoas notórias de maneira primorosa. Uma guerra de nível mundial põe frente a frente anjos e demônios, que, segundo o texto, são os primeiros habitantes de nosso planeta, vindos de outro lugar distante. Um cruzamento digamos, inesperado, resultou numa raça inferior: os seres humanos. Qual o motivo de tratar sobre esse tema em suas obras?
A originalidade. Acredito que se é para escrever sobre algo, devemos dar-lhe um tratamento original, tornando esse algo único. Também por que sou um aficionado por História. Tudo o que se refere ao nosso passado me atrai, de modo que utilizar fatos, monumentos e os grandes mistérios da antiguidade em minha obra como pano de fundo foi acima de tudo um prazer. Assim como adoro a temática anjos e demônios, também sou atraído sobremaneira pelas inúmeras questões que desde o princípio dos tempos martelam na cabeça da Humanidade: quem somos, de onde viemos e para onde vamos. Ethernyt nada mais é do que uma grande brincadeira com a História da raça Humana e suas crenças.
5. As revelações de que os anjos são os primeiros “colonizadores” do nosso planeta e responsáveis por todos os eventos que aconteceram até hoje deixam o leitor com “a pulga atrás da orelha”. Até mesmo a passagem de Jesus Cristo entre nós seria obra deles para recuperar um pouco do controle sobre a Humanidade. Supondo que todas essas informações fossem verdadeiras, quais seriam os impactos na vida e, principalmente, nas crenças dos povos?
E quem realmente pode provar que não são? O nosso passado é repleto de provas de que fomos visitados na antiguidade por povos mais avançados. Os exemplos estão por toda parte, basta direcionarmos os nossos olhares para os grandes e enigmáticos monumentos megalíticos deixados de herança pelas antigas civilizações, bem como ao analisarmos as mitologias desses povos nos deparamos sempre com os “Deuses” que os guiaram e os orientaram em todos os campos da ciência e da espiritualidade, acelerando sobremaneira nossa evolução como espécie. Prova disso são os grandes saltos evolutivos da humanidade que os cientistas até hoje não conseguiram explicar. Por tudo isso, acredito que o maior impacto dessa “verdade” já se encontra a nossa volta: é o próprio mundo em que vivemos. O que somos hoje é fruto dos eventos do nosso passado remoto, muitos dos quais regidos pelas mãos dos velhos “Deuses” das antigas civilizações.
6. Uma das questões mais polêmicas refere-se à criação das religiões. Mesmo sendo uma obra de ficção, muitos pontos citados são verídicos, como o fato de que elas servem para “escravizar” e manter a ordem nas pessoas. O povo se apega tanto a isso que fica até certo ponto cego, achando que tudo o que acontece ao seu redor tem influência divina. Essa visão sobre o assunto é sua ou apenas citou nos livros para incrementar a história?
Eu sinceramente acredito que as religiões criadas pelos homens foram concebidas tão somente com propósitos de dominação e de controle e até hoje funcionam como poderosas armas de escravização intelectual da humanidade. Isso não quer dizer que eu não acredite em “Deus”, só que não acredito da forma tradicional. O meu conceito de Deus se resume apenas à Grande Energia Cósmica Geratriz da Vida e Mantenedora do Equilíbrio Universal. Uma energia e não uma pessoa.
7. O confronto entre o bem e o mal sempre ocorreu. De um lado as pessoas que buscam a paz e a harmonia e do outro aqueles sedentos pelo poder que estão dispostos a tudo para conseguir o que querem, nem que para isso precisem tirar a vida de alguém. Na trilogia você descreve as batalhas entre ambos, inclusive pormenorizando os armamentos e outros objetos utilizados. Como foi o processo de busca dessas informações, que dão à história uma emoção maior ainda?
Na verdade, oitenta por cento do tempo gasto para escrever os livros, foi destinado à pesquisa, que se deu em várias fontes: na Internet, nos inúmeros livros e filmes que já li e assisti e durante as várias conversas que tive com os especialistas nas áreas científico-históricas abordadas. Enfim, nada do que está nas páginas dos livros da série Ethernyt, foi simplesmente jogado ali. Tudo foi minuciosamente pesquisado antes de ser passado para o papel. Cada mínimo detalhe possui um propósito dentro da trama. O processo todo levou cerca de um ano, para cada livro (Três longos anos para a Trilogia ficar completa). E esse tempo pode ser dividido em três etapas distintas: etapa 1 – a elaboração do esqueleto primário (tudo o que eu desejava que acontecesse na história), etapa 2 – as pesquisas (cada detalhe foi exaustivamente pesquisado e dissecado, na intenção de dar maior verossimilhança com a realidade tanto à trama em si quanto às personagens e cenários. Esta fase foi, sem dúvida, a mais importante e a mais longa.) e etapa 3 – a escrita propriamente dita.
8. Algum personagem dessa obra foi inspirado em alguém?
Na verdade todos eles foram inspirados em pessoas que conheço ou que conheci no passado, de alguma forma. E todos eles possuem algum traço da minha própria personalidade. Mas essa inspiração fica mais nítida quando falamos sobre Desirée (a ruiva inteligente, guerreira e sensível da trama). Para quem conhece a Jaque, minha esposa e musa inspiradora, claramente percebe onde me inspirei para criar a agente francesa (rsrsrs).
9. Se gosta do rock n' roll, cite-nos seus artistas preferidos do gênero.
Gostos de todos os estilos musicais. No Rock n’ Roll são tantas bandas que fica até difícil citar apenas algumas. Mas vamos lá: Led Zeppelin, Rolling Stones, Kiss, Metallica, Evanescence, Manowar e Aerosmith, entre outras…
10. Pra finalizar, uma mensagem aos leitores do blog.
Leiam meus livros! (rsrsrsrs). Brincadeiras à parte, agradeço pelo carinho e desejo que possamos perpetuar a nossa relação de amizade nos próximos livros que espero, continuem a corresponder positivamente às expectativas conduzindo-os a agradáveis viagens pelo universo incomparável da ficção, com escalas nos mundos mágicos da aventura e da fantasia, inspirando e promovendo diversão a todos. E, para finalizar, gostaria de me despedir deixando com vocês a certeza de que muitas surpresas os aguardam nos próximos livros deste humilde contador de estórias.
Afetuosos abraços!
Márson Alquati.
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