Editora: L&PM Pocket
Ano: 2007 P
áginas: 224
Sinopse:
Paraísos artificiais reúne dois ensaios realizados pelo poeta seguindo o seu interesse pelos chamados estados de exaltação atingidos pelo uso de drogas, especialmente as da época: ópio e o haxixe. Em Ópio, Baudelaire comenta e analisa o livro de Thomas de Quincey, Confissões de um comedor de ópio, de quem foi tradutor e grande admirador. No Poema do haxixe, o poeta fala sobre os efeitos da droga baseado em suas experiências e na convivência com poetas, pintores e jovens intelectuais franceses, que se reuniam no Club des Hachichins, no Hotel Pimodan, onde residia Baudelaire.
Opinião:
Adquiri esse livro para conhecer o autor Charles Baudelaire, que eu já tinha lido sobre sua carreira algumas vezes. PARAÍSOS ARTIFICIAIS trata da descrição dos efeitos do ópio, do haxixe e do vinho no organismo humano. O texto tem um acento filosófico e, por que não dizer, poético. É uma leitura totalmente diferente, pois foge do padrão de romances, aventuras e outros tantos gêneros que circulam por aí.
Pra quem curte histórias agitadas vai achar esse livro muito monótono, pois não há diálogos. O relato de alucinações após o consumo das substâncias citadas no parágrafo anterior tem um pontos de comicidade, mas, no geral, descreve o lado filosófico das experiências.
Mas o que mais achei de interessante no livro foi uma citação do filósofo Barbereau no final:
“Não compreendo por que o homem racional e espiritual serve-se de meios artificiais para alcançar o êxtase poético, pois o entusiasmo e a vontade bastam para elevá-lo a uma existência supranatural. Os grandes poetas, os filósofos, os profetas são seres que, pelo puro e livre exercício da vontade, alcançam um estado onde são, ao mesmo tempo, causa e efeito, sujeito e objeto, magnetizador e sonâmbulo”
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