sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Literatura pelo mundo - Inglaterra (parte II)


Literatura jacobina
Depois da morte de Shakespeare, o poeta e dramaturgo Ben Jonson foi a figura condutora da literatura na era Jacobina. Contudo, a estética de Jonson ecoa de volta a Idade Média mais do que a Era de Tudor: suas características incorporam a teoria dos humores. De acordo com esta, o universo é feito de quatro elementos: terra, água, ar e fogo e comportamentos diferentes resultam da prevalência de um elemento sobre os outros três (este era o princípio guia para os médicos também). Isto levou Jonson a exemplificar tais diferenças do ponto de vista de criação de tipos, ou clichês, enquanto Shakespeare já tinha abandonado tal teoria em favor de uma psicologia moderna. Mas Jonson é um mestre deste estilo, e um brilhante sátiro.

Outros que seguiram o estilo de Jonson incluem Beaumont e Fletcher, que, embora não tão talentosos como Shakespeare, escreveram comédias quase tão brilhantes, The Knight of the Burning Pestle, uma zombaria com a classe média ascendente e especialmente para aqueles novos ricos que fingiam declamar uma literatura de bom gosto sem conhecer nada a respeito de literatura. Na história, um casal de donos de mercearia discutem com atores profissionais para que seu filho iletrado interprete o papel principal em uma peça. Ele se torna o cavaleiro errante que, apropriadamente, revela uma queimadura de pilão em seu escudo. Buscando ganhar o coração de uma princesa, o jovem homem é ridicularizado tanto quanto Dom Quixote será ridicularizado em um futuro romance. Um dos méritos principais de Beaumont e Fletcher foi o de perceber como o feudalismo e os cavaleiros haviam se transformado em vaidade e fingimento, e que novas classes sociais estavam em ascensão.

Outro estilo popular durante a era Jacobeana era peça de vingança, popularizada por John Webster e Thomas Kyd. George Chapman escreveu um par de sutis tragédias de vingança, mas devem ser lembrados principalmente em consideração de sua famosa tradução de Homer, a qual teria uma profunda influência em toda futura literatura inglesa, inspirando até John Keats a escrever algumas de suas grandes poesias.
A Bíblia do Rei James, um dos projetos mais massivos de tradução da Inglaterra até este tempo, foi iniciado em 1604 e completado em 1611. Ela representa o ponto culminante da tradição de tradução bíblica na Inglaterra que começou com o trabalho de William Tyndale. Ela se tornou a Bíblia padrão da Igreja da Inglaterra, e um dos grandes trabalhos literários de todos os tempos. Este projeto foi encabeçado por James I em pessoa, que supervisionou o trabalho de quarenta e seis sábios. Embora uma tradução mais fiel tenha sido feita em 1970, e muitas depois desta, nenhuma tem a mesma qualidade poética da Bíblia do Rei James, na qual a métrica é conduzida pra imitar a dos versos hebreus originais.

Ao lado de Shakespeare, o qual aparece no inicio de 1600, os principais poetas do início do século XVII incluem John Donne e outros poetas metafísicos. Influenciada pelo Barroco continental, e retirando seu conteúdo subjetivo do misticismo cristão e erotismo, a poesia metafísica utilizou figuras pouco convencionais ou anti-poéticas, tais como um compasso ou um mosquito, para obter o efeito supressa. Por exemplo, em Songs and Sonnets de Donne, pontas de um compasso representam dois amantes, a mulher que é a caseira, esperando, começando no centro, o ponto mais distante inicia sua viagem de amor partindo dela. Mas quanto maior a distância, mais as pontas se inclinam sobre si mesmas: separação faz o amor crescer em adoração. O paradoxo ou a contradição é uma constante nesta poesia onde os medos e as ansiedades também falam de um mundo de certezas espirituais balançado pelas modernas descobertas da geografia e ciência, no qual não se é mais o centro do universo. Mas a poesia aponta no caminho da era do misticismo a qual pode ser o fechamento dos teatros e do puritanismo que se segui.

Literatura carolina e cromwelliana

Os anos turbulentos do meio do século XVII, durante o reinado de Charles I e o subseqüente de Commonwealth e Protetorado, assistiu o florescimento da literatura política na Inglaterra. Pamphlets escreveu para simpatizantes de cada facção na guerra civil inglesa fugindo de viciosos ataques pessoais e polêmicas, embora muitas formas de propaganda, seus esquemas mentais muito elaborados ajudou a reformar a nação. Uma destas cartas chamadas de Leviathan por Thomas Robbes provou se tornar o mais importante trabalho político da filosofia política da Grã -Bretanha. Os escritos de Hobbes são alguns dos únicos trabalhos políticos desta era os quais ainda são regularmente publicados por John Bramhall, que era critico chefe de Hobbes, sendo muito freqüentemente esquecidos. O período também viu o florescimento de novos livros, os precursores dos Jornais Britânicos, jornalistas tais com Henry Muddiman, Marchamont Needham, John Birkenhead representam a visão e atividades das partes envolvidas. As freqüentes prisões de autores e a opressão de seus trabalhos, tendo como conseqüências a impressão secreta ou feita no estrangeiro, levando que a ideia dos direitos de propriedades fossem inicialmente proposto. A Areopagitica, uma política panfletada por John Milton, foi escrita em oposição ao licenciamento e é considera como uma das mais eloquentes defesas da impressa livre que já foi escrita.

Outras formas de literatura escritas durante este período são usualmente relacionadas textos políticos ou seus autores estão agrupados ao longo de tendências políticas. A poesia de cavalaria, atividade principal antes da Guerra civil, relacionou-se muito como a nova escola dos poetas metafísicos. O afastamento forçado de oficiais reais após a execução de Charles I foi uma boa coisa no caso de Izaak Walton, pois isto deu a ele tempo para trabalhar em seu livro "The Compleat Angler". Publicado em 1653 o livro, aparentemente é um guia para pesca, porém é muito mais; convertendo-se uma reflexão sobre a vida, o prazer e contentamento. Os dois poetas mais importantes da Inglaterra de Oliver Cromwell são Andrew Marvell e John Milton com suas produções direcionadas para glorificar o novo governo; tal como Marvell em An Horatian Ode upon Cromwell's Return from Ireland. A despeito de suas crenças republicanas eles escaparam de punições no momento da Restauração de Charles II depois da qual Milton escreveu alguns de suas maiores poesias com algumas mensagens políticas escondido na roupagem de alegorias. Thomas Browne foi outro escritor do período; um homem estudado com uma extensa biblioteca, ele escreveu proliferamente nos ramos da ciência, religião, medicina e esoterismo.

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