Ruth Rendell, prolífica autora de livros policiais e de suspense, morreu neste sábado em Londres aos 85 anos e era a digna herdeira da grande dama da literatura de crime, Agatha Christie.
Rendell, uma implacável observadora das fragilidades humanas e da sociedade inglesa contemporânea, sofreu um derrame em janeiro e desde então estava internada em estado crítico.
Nascida em 17 de fevereiro de 1930 em Woodford, na região de Londres, a filha de professores trabalhou durante muitos anos como repórter para vários jornais locais. De acordo com rumores, teve que abandonar o emprego no Chigwell Times depois de um texto sobre um jantar no clube de tênis local ao qual não compareceu. Ela não mencionou a morte súbita do orador convidado a noite.
Em 1964, Rendell criou o personagem do inspetor Reginald Wexford, protagonista de vários livros, que guardava alguma semelhança com seu pai falecido.
As investigações de Wexford levaram a escritora a se aprofundar nos males da sociedade britânica: violência doméstica, racismo e pobreza.
"Gosto de mostrar a sociedade como ela é", costumava afirmar.
A série de livros com Wexford, que se passam na fictícia cidade de Kingsmarkham, foi adaptada para a televisão e exibida durante 13 anos.
A partir de 1964, Ruth Rendell começou a apresentar uma alta produtividade: um livro a cada oito ou nove meses.
Paralelamente, começou a escrever obras mais psicológicas, uma espécie de romance policial sem policiais, nas quais a investigação contava menos que as circunstâncias que levaram ao crime, assim como em outras histórias de suspense assinadas com o pseudônimo Barbara Vine.
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