sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

10 erros em gravações do rock n' roll - Parte I

The Beatles – “Helter Skelter” (The Beatles, 1968)

“Helter Skelter” é uma das músicas mais frenéticas dos Beatles – na verdade seria certo dizer que ela é o protótipo do heavy metal que viria algum tempo depois. Um dos aspectos mais inflamados da música é a performance intensa de Ringo Starr na bateria. De acordo com "The Beatles: The Biography", Ringo gravou 18 tomadas da parte da bateria em 9 de setembro de 1968. A última tomada foi aquela usada para a gravação, e também é aquela na qual Ringo protagonizou um dos maiores ataques de cólera do rock and roll, gritando “Estou com bolhas nos dedos!” no fim da tomada. Você pode ouvir a explosão de Ringo aos 4:24.

Joe Satriani – “Surfing with the Alien” (Surfing with the Alien, 1987)

Os tons de ficção científica e o estilo fora desse mundo não são apenas resultado de inspiração e suor – algumas vezes um pouco de sorte e muito mau funcionamento de equipamentos eletrônicos também tem seu papel. Para o tom da guitarra solo da faixa título do álbum "Surfing with the Alien", Satriani usou um pedal e harmonizador. O primeiro funcionou perfeitamente, enquanto o último estava agonizando. Satriani disse à Guitar World, “O som que saiu dos auto-falantes nos impressionou tanto que nós gravamos a melodia e o solo em aproximadamente meia hora e ficamos, ‘Uau, isso é música, cara!’” Então o harmonizador estragou e não pôde ser consertado. “Não pudemos fazer nada,” disse ele. “Perdemos nosso tom. Quando finalmente conseguimos fazê-lo funcionar de novo, não conseguimos criar o efeito original. Simplesmente soava diferente. Então, ao invés de estragar uma performance com uma sonoridade maravilhosa que poderia ter algumas falhas, nós a deixamos”.

Frank Zappa – “Muffin Man” (Bongo Fury, 1975)

Frank Zappa frequentemente dizia que via as letras como uma necessidade da qual ele não gostava. Em sua autobiografia, "The Real Frank Zappa Book", ele disse que se ele achasse que tinha de compor, faria disto algo que apelasse para sua visão única do mundo. Em nenhum lugar isso está mais evidente do que no monólogo no início de “Muffin Man” (0:48) onde ele faz o personagem que lê o texto e por fim ri de si mesmo, antes de dizer “Vamos tentar de novo” e repetir o trecho.

Megadeth – “Paranoid” (Nativity In Black, 1994)

A releitura do Megadeth do clássico do Black Sabbath foi gravada para um tributo feito por estrelas que também trazia Type O Negative, Sepultura, Biohazard, White Zombie, Corrosion of Conformity, Ugly Kid Joe, Faith No More e outros. A versão do Megadeth de “Paranoid” foi um pouco mais rápida e bem mais irada do que o original de 1970 do Sabbath, e a ira estava multiplicada por dez quando o baterista Nick Menza continuou tocando sozinho depois que a música acaba (2:23-2:30). Menza é cortado por Dave Mustaine gritando “Nick… Nick …NICK!” – e quando percebe o erro, Menza repreende a si próprio com algumas palavras.

Metallica – “The Four Horsemen” (Kill ’Em All, 1983)

Um dos traços mais únicos da clássica faixa do Metallica “The Four Horsemen” é seu distinto solo simultâneo de guitarra, que vai de 4:10 a 4:30. Você pode ouvir dois Kirk Hammetts, um em cada auto-falante, tocando solos bem similares mas ainda assim diferentes. Em 1991 Hammet disse à Guitar World que esse efeito foi uma sorte. Depois de gravar duas tomadas do solo, Hammett e companhia estavam tentando decidir qual usar. “Escutei a ambos de uma vez, para ver se um iria sobressair,” disse Hammett. “Mas tocar as duas faixas simultaneamente soava muito bem, e decidimos deixar assim no disco. Algumas das notas harmonizavam entre si e lembro do Cliff [Burton, baixista] dizendo, ‘Uau, isso é estiloso – parece o Tony Iommi!’”

Fonte: www.whiplash.net


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