domingo, 20 de fevereiro de 2011

10 erros em gravações do rock n' roll - Parte II

Steve Vai – “Sex & Religion” (Sex & Religion, 1993)

Atualmente Devin Townsend é conhecido como músico de heavy metal, seja solo ou com o Strapping Young Lad. Mas quando tinha 20 anos, Townsend encontrou fama como cantor na banda de Steve Vai, ao lado de T.M. Stevens no baixo e o aluno do companheiro de Vai e Zappa, o baterista Terry Bozzio. Vocais para o "Passion & Warfare" sempre seriam um movimento ousado para Vai, mas ninguém estava preparado para o hiperativo Townsend, que elevou-se em belíssimas melodias antes de cair às profundezas do inferno com gritos agudos em um curto espaço. No fim da faixa título do álbum, Townsend realmente vai com tudo com um grito melódico perfeitamente afinado mas muito intenso que dura 18 segundos (dos 4:05 to 4:23) – e ele não voltou. Townsend desmaiou depois da tomada, e Vai lembra algo do que um desconexo Devin disse depois que voltou a si. “Oh, machuquei seu cérebro? Oh. Meus dedos estão dormentes… agora, eles estão dormentes… eu posso privar meu cérebro de oxigênio?”

The Police – “Roxanne” (Outlandos d’Amour, 1978)

“Roxanne” é um clássico por sua melodia, sua performance vocal, sua orquestração e os timbres instrumentais, mas também é única por uma razão diferente. O acorde misterioso de piano ouvido aos 0:04 é um aglomerado não usual e fora do tom que não tem dada a ver com o resto da música. Então de onde veio? Bem, acontece que Sting escapuliu para relaxar sobre um piano próximo mas não percebeu que a tampa estava aberta, então sem querer ele tocou aquele acorde gloriosamente dissonante com a própria bunda. Isso também explica sua risada aos 0:06.

Led Zeppelin – “Babe I’m Gonna Leave You” (Led Zeppelin, 1969)

“Babe I’m Gonna Leave You” é uma faixa misteriosa, melancólica, a princípio, mas se você escutar com cuidado você vai ouvir uma foz fantasmagorica aos 1:43. O que é isso? Um feitiço mágico? Algum tipo de encantamento fantasmagórico? Não. Na verdade é o som de Robert Plant cantando junto com o baterista John Bonham durante a gravação, e não teve como apagar o canto de Plant das faixas da bateria. Seja sua verdadeira voz sem efeito vazando pelos microfones da bateria, ou provavelmente assoprada pelos fones de Bonzo, talvez nunca saberemos, mas realmente tem um som legal e é algo a mais para se descobrir no meio dos arranjos do Led.Radiohead – “Creep” (Pablo Honey, 1993)

Uma das partes únicas do sucesso do Radiohead “Creep” é a profusão de notas amortecidas tocadas por Jonny Greenwood logo antes do refrão aos 0:58, e novamente aos 2:00. O colega de banda Ed O’Brien disse à revista Select que as notas de Greenwood que agradam aos ouvidos foram na verdade fruto de frustração. “É o som de Jonny tentando [dar] um jeito na música,” disse O’Brien. “Ele realmente não gostou dela da primeira vez que tocamos, então tentou estragá-la.”

Van Halen – “Everybody Wants Some” (Women and Children First, 1980)

Esse clássico do Van Halen traz a vibração festeira relaxada abundante pela qual a banda era conhecida no início – você quase pode ouvir o barulho de garrafas de cerveja e o balançar de garotas de biquíni. Quase. Uma coisa que você definitivamente pode ouvir é o som de David Lee Roth avacalhando totalmente a letra da canção. De acordo com sua autobiografia, "Crazy From the Heat", a frase devia ser algo nos termos “I’ve seen a lot of people just looking for a moonbeam.” Mas não foi como saiu. Ao invés disto, aos 1:58, Dave cantou algo semelhante “Ya take a moople-ah, wookie pah-a moopie.” A banda achou que a vibração da nova frase deu certo, e a tomada atrapalhada acabou se tornando um legado duradouro do tanto que o Van Halen arrasava.

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