Um fato marcante na vida de Baudelaire, deu-se em 1857 com a publicação de As Flores do Mal (Les Fleurs du Mal). Este, que é o maior título de sua carreira, contém poesias que datam de 1841. Esta obra rendeu-lhe um processo pelo tribunal correcional do Sena; uma multa por atentar à moral e aos bons costumes, além de ser obrigado a retirar seis poemas (poesies damnées) do volume original, sendo publicado na íntegra apenas nas edições póstumas, em 1911. Baudelaire também foi alvo da hostilidade da imprensa, que o julgava um subproduto degenerado do romantismo. Porém, sua carreira foi admirada e elogiada por Vitor Hugo e Gustave Flaubert, entre outros.
Baudelaire é tido como um dos maiores da França de todos os tempos. Alguns o consideram um ensaísta do parnasianismo, ou um romântico exacerbado. De atuação ousada, tornou-se um ícone no século XX influenciando a poesia mundial de tendências simbolistas, inclusive no Brasil com Teófilo Dias. De sua obra, derivam Rimbaud, Verlaine e Mallarmé. Baudelaire foi precursor de uma linguagem moderna no romantismo, concedendo a realidade uma submissão lírica. Assim, sua poesia é marcada pela contradição; de um lado via-se um herdeiro do romantismo obscuro de Allan Poe e Gerard de Neval, e de outro, o poeta que se opôs ao sentimentalismo redundante do romantismo francês.
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