O jornal americano New York Times preparou uma lista com dez clássicos da literatura mundial, importantes por razões literárias ou históricas, que deveriam fazer parte da lista de qualquer um que tenha gosto por literatura:
1. Germinal: a obra-prima de Émile Zola descreve a vida de mineiros de carvão durante uma greve na França de 1860. A descrição idealizada da vida de Etienne e de sua paixão, Catherine, os seus esforços e os seus anseios por uma vida melhor transformam a leitura em algo fascinante. O leitor é transportado para um dos maiores cenários de batalha da Revolução Industrial e passa a compreender a origem dos movimentos trabalhistas de uma maneira como nenhum livro de história poderia ensinar.
2. Fogo Pálido: não é tão conhecido quanto o perversamente divertido Lolita, também escrito por Vladimir Nabokov, mas deveria sê-lo. É um feito impressionante de imaginação e literatura, diferentemente de qualquer outra novela que eu conheço. É um poema épico, uma aventura sobre a misteriosa terra de Zembla e, acima de tudo, um quebra-cabeças: será que a personagem principal é insana?
3. A Cabana do Pai Tomás: escrito por Harriet Beecher Stowe, autora nascida há exatos 200 anos. Trata-se do romance que tornou impossível para os Estados Unidos tolerar a escravidão por mais tempo. É uma leitura comovente, chorosa e uma janela para os pecados originais do país. É atualmente banida em algumas escolas por utilizar a palavra ‘nigger’ (termo para “negro” considerado pejorativo nos EUA), mas permanece uma fonte poderosa e esclarecedora sobre as dimensões da escravidão americana.
4. As Vinhas da Ira: é o fabuloso relato de John Steinbeck sobre a luta de uma família de Ocklahoma durante a Grande Depressão. Tom Joad e família abandonam tudo o que possuem para tentar a vida na Califórnia, na esperança de tempos melhores, mas encontram o campo de jogo sempre inclinado contra eles. Com o país ainda se recuperando da Grande Recessão, esse parece ser o momento perfeito para conhecer o difícil trabalho de Tom.
5. O Morro dos Ventos Uivantes: escrito por Emily Brönte, talvez seja a maior história de amor da literatura. Catherine precisa escolher entre a sua alma gêmea, Heathcliff, carente de educação e status, e o respeitável Edgard. As personagens resplandecem dolorosamente: elas são moldadas pelas pressuposições do século XIX sobre classe e dominação masculina, mas estão sujeitas a emoções humanas irrepreensíveis.
6. Nosso Homem em Havana: comédia e suspense de espionagem de Graham Greene que pode parecer um pouco inculto para a lista. Mas duas lições que nunca aprendemos com a política externa americana é que nada sai como o previsto e que os furos de inteligência são sempre suspeitos. A história de Greene sobre um desafortunado espião em Cuba trabalha essas questões de modo inesquecível. O espião não possui nenhuma informação real para transmitir, então, ele começa a inventar histórias e, a partir daí, a trama torna-se mortal.
7. Nada de Novo no Front: escrito por Erich Maria Remarque, este talvez seja o romance de guerra mais aclamado da história. Ele narra a história de um jovem e seus amigos de colégio que se alistam no exército alemão durante a Primeira Guerra Mundial e acabam descobrindo que a guerra não é algo glorioso, e sim um pesadelo tedioso.
8. Os Miseráveis: clássico de Victor Hugo que conta a história de Jean Valjean, liberado da prisão por roubar um naco de pão para alimentar a família da irmã. Ele é constantemente perseguido pelo inspetor Javert através de uma narrativa poderosa, com cenas de caçada mais eletrizantes que qualquer uma dos filmes de James Bond. O livro também explora de forma sublime a temática de classes sociais, de justiça, de redenção e de misericórdia.
9. Um Estranho Misterioso: não é o trabalho mais famoso de Mark Twain e não faz rir como O Príncipe e o Mendigo ou Um Yankee na Corte do Rei Arthur, mas é uma pequena história que se engalfinha com questões sobre Deus e o mal. É a narrativa de um anjo cruel que cai numa aldeia e provoca estragos. O anjo anima pequenas pessoas de barro e, em seguida, para o próprio divertimento, as destrói com uma tempestade, um incêndio e um terremoto. Como todo Twain, é um livro de leitura fácil, e, mais do que a maioria dos contos, faz pensar.
10. Scoop: de Evelyn Waugh é uma análise divertida da imprensa marrom, focada num escritor de natureza que é despachado por engano para cobrir uma guerra na África. Qualquer um que tenha feito uma cobertura sobre o Iraque ou sobre o Afeganistão sabe que o assunto permanece relevante. E quem fizer a leitura do livro terá a noção do caminho incerto e muitas vezes pouco confiável através do qual a cobertura jornalística chega até o leitor.
Fonte: Revista Veja
1. Germinal: a obra-prima de Émile Zola descreve a vida de mineiros de carvão durante uma greve na França de 1860. A descrição idealizada da vida de Etienne e de sua paixão, Catherine, os seus esforços e os seus anseios por uma vida melhor transformam a leitura em algo fascinante. O leitor é transportado para um dos maiores cenários de batalha da Revolução Industrial e passa a compreender a origem dos movimentos trabalhistas de uma maneira como nenhum livro de história poderia ensinar.
2. Fogo Pálido: não é tão conhecido quanto o perversamente divertido Lolita, também escrito por Vladimir Nabokov, mas deveria sê-lo. É um feito impressionante de imaginação e literatura, diferentemente de qualquer outra novela que eu conheço. É um poema épico, uma aventura sobre a misteriosa terra de Zembla e, acima de tudo, um quebra-cabeças: será que a personagem principal é insana?
3. A Cabana do Pai Tomás: escrito por Harriet Beecher Stowe, autora nascida há exatos 200 anos. Trata-se do romance que tornou impossível para os Estados Unidos tolerar a escravidão por mais tempo. É uma leitura comovente, chorosa e uma janela para os pecados originais do país. É atualmente banida em algumas escolas por utilizar a palavra ‘nigger’ (termo para “negro” considerado pejorativo nos EUA), mas permanece uma fonte poderosa e esclarecedora sobre as dimensões da escravidão americana.
4. As Vinhas da Ira: é o fabuloso relato de John Steinbeck sobre a luta de uma família de Ocklahoma durante a Grande Depressão. Tom Joad e família abandonam tudo o que possuem para tentar a vida na Califórnia, na esperança de tempos melhores, mas encontram o campo de jogo sempre inclinado contra eles. Com o país ainda se recuperando da Grande Recessão, esse parece ser o momento perfeito para conhecer o difícil trabalho de Tom.
5. O Morro dos Ventos Uivantes: escrito por Emily Brönte, talvez seja a maior história de amor da literatura. Catherine precisa escolher entre a sua alma gêmea, Heathcliff, carente de educação e status, e o respeitável Edgard. As personagens resplandecem dolorosamente: elas são moldadas pelas pressuposições do século XIX sobre classe e dominação masculina, mas estão sujeitas a emoções humanas irrepreensíveis.
6. Nosso Homem em Havana: comédia e suspense de espionagem de Graham Greene que pode parecer um pouco inculto para a lista. Mas duas lições que nunca aprendemos com a política externa americana é que nada sai como o previsto e que os furos de inteligência são sempre suspeitos. A história de Greene sobre um desafortunado espião em Cuba trabalha essas questões de modo inesquecível. O espião não possui nenhuma informação real para transmitir, então, ele começa a inventar histórias e, a partir daí, a trama torna-se mortal.
7. Nada de Novo no Front: escrito por Erich Maria Remarque, este talvez seja o romance de guerra mais aclamado da história. Ele narra a história de um jovem e seus amigos de colégio que se alistam no exército alemão durante a Primeira Guerra Mundial e acabam descobrindo que a guerra não é algo glorioso, e sim um pesadelo tedioso.
8. Os Miseráveis: clássico de Victor Hugo que conta a história de Jean Valjean, liberado da prisão por roubar um naco de pão para alimentar a família da irmã. Ele é constantemente perseguido pelo inspetor Javert através de uma narrativa poderosa, com cenas de caçada mais eletrizantes que qualquer uma dos filmes de James Bond. O livro também explora de forma sublime a temática de classes sociais, de justiça, de redenção e de misericórdia.
9. Um Estranho Misterioso: não é o trabalho mais famoso de Mark Twain e não faz rir como O Príncipe e o Mendigo ou Um Yankee na Corte do Rei Arthur, mas é uma pequena história que se engalfinha com questões sobre Deus e o mal. É a narrativa de um anjo cruel que cai numa aldeia e provoca estragos. O anjo anima pequenas pessoas de barro e, em seguida, para o próprio divertimento, as destrói com uma tempestade, um incêndio e um terremoto. Como todo Twain, é um livro de leitura fácil, e, mais do que a maioria dos contos, faz pensar.
10. Scoop: de Evelyn Waugh é uma análise divertida da imprensa marrom, focada num escritor de natureza que é despachado por engano para cobrir uma guerra na África. Qualquer um que tenha feito uma cobertura sobre o Iraque ou sobre o Afeganistão sabe que o assunto permanece relevante. E quem fizer a leitura do livro terá a noção do caminho incerto e muitas vezes pouco confiável através do qual a cobertura jornalística chega até o leitor.
Fonte: Revista Veja
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