Início da década de 80: novas revoluções no cenário do rock estavam surgindo, o tão aclamado progressivo estava desaparecendo e dando lugar ao chamado Hard Rock Comercial.
O status de super banda não era em vão. A banda contava com 4 estrelas do rock progressivo. Dois ex-integrantes do Yes: Geoff Downes e Steve Howe, teclado e guitarra, respectivamente. A bateria estava a cargo de ninguém menos que Carl Palmer (E.l.p). No baixo e vocal eles contavam com o não menos requisitado John Wetton, que já passara por diversas bandas, dentre elas King Crimson e Uriah Heep.
O primeiro álbum foi bem recebido. Um som comercial que tinha um "quê" do chamado rock progressivo. Músicas como "Wildest Dreams" e "Cutting in Fine" deixavam bem expostas as raízes dos integrantes. Mas foi em canções como "Heat of the Moment" e "Only time will Tell" que eles conseguiram o que nunca haviam conseguido em suas carreiras.
O Asia se tornou uma banda popular, emplacou nas rádios e conseguiu fazer muito dinheiro. A gravadora pressionou a banda para fazerem um novo trabalho e em 83 foi editado "Alpha".
O sucessor de Asia não conseguiu nem de longe o êxito do primeiro. Diferente do anterior, "Alpha" era altamente pop e comercial e alguns diziam que a banda se mostrava pouco criativa. O disco decepcionou musicalmente falando e em termos de venda também.
Para não dizermos que tudo estava perdido, o álbum colocou a balada "The smile has left into your eyes" nos charts.
Uma turnê na Ásia foi anunciada, o que na verdade foi só um show. Problemas internos fizeram John Wetton deixar seu posto às vésperas da apresentação. Às pressas, o Asia procurou Greg Lake (E.l.p) para compor a banda. O resultado foi tão catastrófico, que o único registro de Greg com o Asia se resume a este show.
Por pressão da gravadora, resolveram chamar John Wetton para o posto novamente. Todos de acordo, menos Steve Howe, que resolveu abandonar o barco. Para seu lugar convidaram o guitarrista suíço Mandy Meyer, que é conhecido também por ter feito uma turnê com o Krokus.
Em 85, eles lançaram o álbum "Astra", que era superior ao "Alpha", mas não ao álbum de estréia. "Astra" seria um bom disco se eles não tivessem a obrigação da fazer algo no nível do Debut. As canções de "Astra" deixavam a guitarra em segundo plano, brilhando os teclados.
Canções como "Go", "Rock and roll dream" e "Too Late" eram fortes, mas não emplacaram.
Nem a apelativa balada "Voice of America", que chegou às Fms, amenizou a crise. O Asia era apenas uma sombra do que eles demonstraram ser quando apareceram. As vendas do disco não satisfizeram a gravadora e nem a banda, que adiou os planos de uma turnê e se congelou por tempo indeterminado.
No início da década de 90, foi lançada uma coletânea que continha alguns hits e material inédito, mas também não empolgou os fãs que esperavam algo mais interessante do que aquelas músicas típicas de quem quer ganhar as rádios.
Uma turnê foi programada e o guitarrista seria Pat Thrall, que apenas serviria de coadjuvante nos arranjos de Geoff Downes. Eles fizeram um apático show na Rússia que virou home vídeo e mais tarde viraria cd.
Para o seu lugar veio John Payne, que tinha um timbre totalmente diferente de Wetton, mas que foi bem aceito perante os fãs. Nesta época também, o guitarrista Al Pitrelli já aparecia junto à banda, época do lançamento de "Aqua".
Em seguida, Carl Palmer cede o posto à Michael Sturgis e a banda lança "Aria", em 1994. Esse álbuns não tiveram destaque e não representaram muito no cenário do rock. São específicos para fãs.
A banda começou a contar com muitos convidados em seus álbuns. Para se ter idéia, de 1994 até hoje, a banda já contou com mais de 15 músicos diferentes, alguns conhecidos do público com Chris Slade e Tony Levin. Nestes anos a banda fez apenas dois trabalhos: "Arena", que é um álbum extremamente progressivo, e "Aura", que é uma nova tentativa de ganhar a mídia.
Fonte: www.whiplash.net
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