À poesia suntuosa de Lugones, segue a "sencillista", de poetas como Baldomero Fernândez Moreno e Evaristo Carriego. Nos anos vinte, aparece a vanguarda. Sua folha de divulgação se chamaria, significativamente, "Martín Fierro", para alguns, um gesto esnobe, para outros, a expressão do matiz criolista que queria sublinhar o movimento inovador. Nesse jornal escreve Jorge Luiz Borges, que com o tempo seria o mais conhecido fora das fronteiras do país, e outros poetas, como Raúl González Tuñón e Oliveirio Girondo.
Simultaneamente, aparece um grupo de poetas e narradores "sociais", influenciados pela literatura russa, entre os quais se destaca Roberto Arlt, cuja poderosa imaginação excede o modelo. Ricardo Güiraldes publica seu "Dom Segundo Sombra", novela rural, que à diferença de "Martín Fierro", não reivindica socialmente ao gaúcho, senão que o evoca como personagem lendário, num tom elegíaco. Na província de Entre Ríos, à orla do rio Paraná, o poeta Juan Laurentino Ortiz inicia uma obra solitária, de intensa relação com a paisagem fluvial, mas também com seus humildes habitantes.
Na década dos anos quarenta, afirma-se a figura de Borges, ao mesmo tempo que é questionada por seu suposto "cosmopolitismo". Ernesto Sábato publica sua primeira novela, "O túnel", elogiada e premiada na Europa. Publicam poetas como Olga Orozco e Enrique Molina, influenciados pelo surrealismo europeu; Alberto Girri, admirador da poesia anglo-saxã e Edgar Bailey, co-fundador do "concretismo", de maior gravitação nas artes plásticas do que na literatura.
Júlio Cortazar edita seus primeiros contos nos anos cinqüenta e se autoexila em Paris. Nessa década e na seguinte, a vanguarda poética se reagrupa na revista "Poesia Buenos Aires", dirigida por Raúl Gustavo Aguirre. O poeta Juan Gelman aparece como a figura mais destacada de uma poesia de tom coloquial, politicamente comprometida, que inclui a Juana Bignozzi e Horacio Salgas. Destacam também, em poesia, Joaquín Gianuzzi, Leónidas Lamborghini, Alejandra Pizarnik. Publicam narradores como Manuel Puig, Abelardo Castillo, Liliana Heker, Beatiz Guido, Bernardo Kordon, Juan Jos Manauta, Rodolfo Walsh, Leopoldo Marechal, Adolfo Bioy Casares, Ricardo Piglia de idéias estéticas muito diferentes, que percorrem uma gama de estilos que vai desde o social até o existencial e o fantástico.
Rodolfo Figwill é um dos escritores argentinos mais populares.
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